2 de jun. de 2008

Ahmadinejad: Israel vai "desaparecer do mapa"



O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que Israel vai logo desaparecer do mapa e que o "poder satânico" dos Estados Unidos está se destruindo, em mais um ataque contra seus arquiinimigos.



Ahmadinejad falou durante um encontro com convidados estrangeiros para marcar o 19º aniversário da morte do aiatolá Ruhollah Khomeini, líder revolucionário iraniano, segundo a ageência de notícias oficial Irna.

"Você deve saber que o regime sionista criminoso e terrorista, que tem 60 anos de saques, agressões e crimes em sua ficha, chegou ao fim de seu trabalho e logo vai desaparecer da cena geográfica", disse.

Falando sobre os Estados Unidos, ele disse que a era de declínio e destruição de seu "poder satânico" já começou. E acrescentou: "O sino já tocou e a contagem regressiva para a destruição do império de poder e riqueza já começou".

A oposição a Israel é princípio fundamental do Irã, que apóia os militantes palestinos contrários às negociações de paz com o Estado judeu.

Em 2005, Ahmadinejad declarou que Israel deveria ser "varrido do mapa" e, com isso, ultrajou a comunidade internacional.

Em abril, um importante comandante militar iraniano disse que seu Exército responderia a qualquer ataque de Israel "eliminando-o". Washington condenou os comentários.

Os Estados Unidos, que romperam os laços diplomáticos com o Irã logo após a Revolução Islâmica de 1979, lideram os esforços para isolar Teerã devido a seu polêmico programa nuclear.

Alguns analistas especulam que Israel ataque o Irã para impedir a continuidade de suas atividades nucleares. O Ocidente suspeita que seu objetivo seja a produção de armas nucleares. O Irã, que não reconhece Israel, insiste que deseja ter tecnologia nuclear somente para a produção de energia.

O Irã, que é também o quarto maior produtor de petróleo do mundo, diz ter desenvolvido mísseis balísticos capazes de atingir Israel e as bases norte-americanas na região.

Washington afirma que quer uma solução diplomática para a disputa nuclear, mas não descarta uma intervenção militar caso isso não dê certo. Teerã insiste que não vai ceder à pressão ocidental.
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