14 de ago. de 2008

Nova onda de xenofobia na África do Sul

Para solucionar o problema não só de fronteiras, mas também da xenofobia Baha’u’llah propõe que a humanidade deve ser fiel e adorar o seu governo:

“Não existirão nações com fronteiras separadas e restritas (... ) Quando se perguntar às pessoas do futuro: "Qual a sua nacionalidade?", a resposta será: "Pertenço à nação da humanidade. Vivo à sombra de Bahá'u'lláh. Sou servo de Bahá'u'lláh.” (Abdu’l’bahá -16 DE ABRIL DE 1912 Nova Iorque).


Os seus sinais são esperados com grande expectativa para iniciar a reforma política, social e econômica por muitos africanos, como já foi anunciado pela BBC.

Noticia:
Moçambique: "Há condições para nova onda de xenofobia na África do Sul"
A Liga dos Direitos Humanos (LDH) de Moçambique e a The Citizenship Rights in África Initiative, associação de defesa dos direitos humanos na África do Sul, alertaram hoje para o risco de "novos ataques contra estrangeiros"neste último país.

Mais de 50 pessoas morreram e mais de 100 mil foram obrigadas a fugir das suas casas, durante a onda de xenofobia que assolou a África do Sul, entre Maio e Junho deste ano, e que atingiu maioritariamente imigrantes moçambicanos e do Zimbabué.

Numa conferência de imprensa na capital moçambicana, em que deram a conhecer os resultados preliminares de um estudo conjunto sobre as causas da violência na África do Sul, a LDH e a The Citizenship Rights in Africa Initiative avisaram que "há condições e potencialidades para mais ataques contra os estrangeiros".

O Governo sul-africano anunciou esta semana que vai iniciar na sexta-feira o encerramento dos campos de alojamento de milhares de estrangeiros que fugiram da violência e proceder à sua reintegração nas comunidades de onde foram expulsos.

"Reintegrar os estrangeiros nas comunidades de onde fugiram será perigoso, pois não foram resolvidas as questões que provocaram a onda de xenofobia de Maio passado, como a elaboração de uma política de migração coerente", sublinhou Custódio Duma, jurista da LDH, na apresentação das conclusões preliminares do estudo.

Segundo os autores do estudo, as autoridades sul-africanas não garantem segurança aos imigrantes que retornarem às comunidades de onde foram expulsas nem identificaram áreas habitacionais alternativas para acolher estrangeiros rejeitados pelos nacionais sul-africanos.

"A África do Sul não tem uma política de emprego que indique claramente que oportunidades de emprego podem ser destinados aos estrangeiros, por forma a que não se gerem situações de rivalidade pela busca de trabalho", enfatizou Duma, lembrando que "a escassez de emprego foi apontada como uma das causas da violência contra os estrangeiros".

A falta de preparação das comunidades pobres sul-africanas para aceitar o modo de vida dos imigrantes também contribuiu para as escaramuças de Maio e Junho, observam as duas organizações de defesa dos direitos humanos.

"Os sul-africanos reagem com estranheza ao facto de os imigrantes desenvolverem sem problemas o comércio informal. Dizem até que os moçambicanos e zimbabueanos andam com supermercados às costas", afirmou Custódio Duma.

As duas organizações entendem ainda que " é real" o risco de violência contra estrangeiros noutros países da África Austral que acolhem comunidades imigrantes significativas, como Moçambique, "porque há também um olhar de desconfiança da população local em relação aos de fora, principalmente em relação a algum desafogo financeiro que alguns estrangeiros ostentam".